Discute as perspectivas das bibliotecas no futuro, enfocando especificamente o papel do
desenvolvimento de coleções nesse novo ambiente. Analisa aspectos relacionados com
a permanência dos meios impressos, a necessidade de intermediários no
fornecimento/obtenção de informação e as características das atividades do
desenvolvimento de coleções em ambientes de informação eletrônica.
1 Introdução
Já se tornou comum ouvir falar no fim das bibliotecas. A literatura em
geral, seja a especializada em biblioteconomia e ciência da informação,
seja aquela voltada para o grande público, têm divulgado previsões que
louvam as delícias de um mundo onde a informação em suporte papel não
passará de uma lembrança ou poderá ser encontrada apenas nos museus.
Da mesma forma, personalidades famosas e conceituadas como Bill GATES
(1995), fundador e proprietário da Microsoft Inc., e Nicholas NEGROPONTE
(1995), diretor do Massachussets Institute of Technology (MIT), criaram
cenários maravilhosos para um futuro, segundo eles já bastante próximo, no
qual a informação fluirá até os interessados de maneira quase instantânea,
bastando, para tanto, somente a posse de um computador munido de um
mouse e de um dispositivo de comunicação. Dentro desse contexto, falar em
desenvolvimento de coleções chega mesmo a ter como que um ranço de
saudosismo antecipado. Afinal, esta é uma época efervescente, tanto no nível
das idéias como no nível das tecnologias, que surgem e proliferam quase que
num piscar de olhos. Na área da informação, esse avanço ocorreu numa
rapidez espantosa, evidenciando um passado que parece apenas corroborar as
previsões, pois, afinal, passamos “da biblioteca baseada em papel para a
biblioteca automatizada em um período de cerca de duas décadas”
(SHAUGHNESSY, 1996, p.49).
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