quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

O futuro das bibliotecas e o desenvolvimento de coleções: perspectivas de atuação para uma realidade em efervescência

Discute as perspectivas das bibliotecas no futuro, enfocando especificamente o papel do desenvolvimento de coleções nesse novo ambiente. Analisa aspectos relacionados com a permanência dos meios impressos, a necessidade de intermediários no fornecimento/obtenção de informação e as características das atividades do desenvolvimento de coleções em ambientes de informação eletrônica. 1 Introdução Já se tornou comum ouvir falar no fim das bibliotecas. A literatura em geral, seja a especializada em biblioteconomia e ciência da informação, seja aquela voltada para o grande público, têm divulgado previsões que louvam as delícias de um mundo onde a informação em suporte papel não passará de uma lembrança ou poderá ser encontrada apenas nos museus. Da mesma forma, personalidades famosas e conceituadas como Bill GATES (1995), fundador e proprietário da Microsoft Inc., e Nicholas NEGROPONTE (1995), diretor do Massachussets Institute of Technology (MIT), criaram cenários maravilhosos para um futuro, segundo eles já bastante próximo, no qual a informação fluirá até os interessados de maneira quase instantânea, bastando, para tanto, somente a posse de um computador munido de um mouse e de um dispositivo de comunicação. Dentro desse contexto, falar em desenvolvimento de coleções chega mesmo a ter como que um ranço de saudosismo antecipado. Afinal, esta é uma época efervescente, tanto no nível das idéias como no nível das tecnologias, que surgem e proliferam quase que num piscar de olhos. Na área da informação, esse avanço ocorreu numa rapidez espantosa, evidenciando um passado que parece apenas corroborar as previsões, pois, afinal, passamos “da biblioteca baseada em papel para a biblioteca automatizada em um período de cerca de duas décadas” (SHAUGHNESSY, 1996, p.49).

Nenhum comentário: