quinta-feira, 15 de setembro de 2016

NA PELEJA DO MARC: AACR2 260 X 264 RDA

http://www.ofaj.com.br/colunas_conteudo.php?cod=992 NA PELEJA DO MARC: AACR2 260 X 264 RDA [Agosto/2016] O termo imprenta, adotado na catalogação de fichas, refere-se à designação de lugar, nome do publicador e a data de publicação. O termo aparece na edição do AACR, traduzida para o português, em 1969. Sobre o mesmo, Abner Lellis C. Vincentini, ao traduzir e adaptar o livro de Donald J. Lehnus “Manual of form and procedure for typewritten catalog cards and Anglo-American descriptive cataloging; a compilation of 200 exemplary cards indexed by rule number” (No Brasil, título: Catalogação descritiva..., Brasília: VIPA, 1971), esclarece que os dados bibliográficos são encontrados na pagina de rosto, as vezes no verso da página de rosto, no colofão, no prefácio, na capa, etc. Vicentini destaca que lugar de publicação é aquele onde o “escritório” do publicador está localizado. Há uma orientação, determinada pelo AACR (Ed. 1969), na qual “Se a cidade não é muito conhecida, ou se há outras com o mesmo nome, então, o nome do estado, do país, ou de outra divisão política deve ser crescentado para facilitar a identificação”. O publicador ou editor, se distingue do impressor, por ser a entidade responsável pelos custos de impressão e de distribuição da publicação. O impressor deve ser omitido na imprenta, bem como, no caso da entrada principal e o publicador serem idênticos, o último deveria ser omitido. No que se refere à data, apenas o ano de publicação era informada, e sempre com algarismos arábicos. Se a data de publicação não fosse encontrada, então a data de copyright deveria ser usada, porém, precedida da letra c, em minúscula. Se nenhuma das datas fosse encontrada, uma data aproximada seria fornecida. A imprenta deveria ser transcrita nesta ordem: lugar, publicador, data e separados por vírgula e um espaço. A versão de 1969, do AACR, não incorporava a pontuação ISBD, e estava orientada para: monografias publicadas separadamente; publicações periódicas e seriadas; incunábulos; reproduções fotográficas e de outras espécies; manuscritos; mapas e atlas, filmes; músicas; discos e outras gravações sonoras; pinturas, dsenhos e outras representações bidimensionais. Nas novidades trazidas pelas instruções da RDA, a inclusão dos dados de imprenta é um destaque, observável com o formato MARC 21, que destina uma nova etiqueta – o campo 264, para cadastro destes elementos. A impressão para quem compara o AACR2 com a RDA é o de ter ocorrido a troca de seis por meia dúzia. Mesmo entre catalogadores norte-americanos, o procedimento gerou dúvidas e discussões sobre o correto entendimento de aplicação, apesar das normas catalográficas, serem claras. No caso do AACR2r, os elementos relacionados com lugar, editor, distribuidor, fabricante e respectivas datas (incluída o copyright) estão determinadas na Área 4 (da publicação, distribuição etc., 1.4). Sem querer detalhar as regras, observa-se que devem ser registradas, na descrição, todas as informações relacionadas ao lugar, o nome e a data dos tipos de atividades relativas à publicação, distribuição, impressão e fabricação (1.4B1). No caso de lugar, se nenhum for determinado utiliza-se a abreviatura s.l. (sine loco) ou seu equivalente em alfabeto não latino (1.4C6; e 1.4G). Itens não publicados, o procedimento não é aplicado (1.4C8). Para editor, distribuidor etc. não identificado, registra-se a abreviatura s.n. (sine nomine) ou seu equivalente em alfabeto não latino (1.4D6; e 1.4G). No que se refere à data, há extenso procedimento e nenhuma sigla latina ou não latina é indicada para informar a inexistência da mesma. Cita-se o acréscimo opcional para a data de copyright após a data de publicação, distribuição etc., se a mesma for diferente (1.4F5). Nota-se, no AACR2, que o registro é opcional. Relacionado ao registro das datas, a regra 1.4F8 é importante por tratar do registro para publicações seriadas, recursos integrados e itens em várias partes. Ao buscar-se o mesmo termo e orientações na RDA, verifica-se que há categorização segundo a função descrita. As instruções para os elementos de imprenta iniciam pelo capítulo introdutório (RDA 0.6), que identifica o conjunto de elementos essenciais para a elaboração da descrição. Não determina os níveis catalogação, e nem identifica cada elemento como obrigatório ou opcional. Adota posição especifica para um conjunto de elementos considerados como mínimos. São essenciais as indicações de: produção [RDA 2.7]; publicação [RDA 2.8]; distribuição [RDA 2.9.1]; e fabricação/manufatura [RDA 2.10]. Em cada uma das indicações, é identificado o lugar, se houver mais de um indicado, somente o primeiro é necessário registrar (a definição compete ao catalogador). O procedimento recomendado pela norma vale para o lugar de: produção [RDA 2.7.6]; publicação [RDA 2.8.2]; distribuição [RDA 2.9.2]; e manufatura/fabricação [RDA 2.10.2]. Em referência à nomenclatura do publicador, as instruções são específicas para o nome do:produtor [RDA 2.7.5]; editor [RDA 2.8.4]; distribuidor [RDA 2.9.4]; efabricante/manufatureiro [RDA 2.10.4]. Para estes elementos, se houver mais de um nome, só o primeiro é necessário registrar (a definição compete ao catalogador). Em relação a indicação da data, os procedimentos especificados são: § Data de produção [RDA 2.7.6] é essencial para um recurso em formato não publicado; § Data de publicação [RDA 2.8.6] que aparece na fonte de informações em mais de um calendário, apenas o calendário preferido pela agência responsável pela descrição, é obrigatório; § Data da distribuição [RDA 2.9.6] para um recurso publicado, se a data de publicação não for identificada; § Data de fabricação ou manufatura [RDA 2.10.6] para um recurso publicado, se nem a data de publicação, distribuição, ou de copyright for identificada; § Data de copyright [RDA 2.11] é essencial, se não se identificar a data de publicação ou distribuição. Se a data aparece na fonte de informação em mais de um calendário, apenas o preferido pela agência catalogadora é necessário. Observa-se que, para a RDA, a data de copyright é essencial, diferente do AACR2, em que é tratada como opcional ou substituta. Ainda, para informações relacionadas com as datas, a RDA preconiza a instrução 1.9 e o anexo H (registro de datas no calendário Cristão). Nas instruções insere-se abordagem para as publicações seriadas, recursos integrados e monografias em várias partes. A RDA reescreveu as regras para imprenta. Ressalte-se que foi excluído o uso das expressões latinas como sine loco e sine nomine, substituídas por expressões claras no idioma do usuário e que explicitam as omissões encontradas. Exemplo: [Lugar de publicação não identificado] [Editor não identificado] Entretanto, as instruções da RDA mantêm certa semelhança com as regras do AACR2, neste aspecto qual a questão envolvida? Certamente, o problema se apresenta na codificação do registro bibliográfico em formato MARC 21, formato que instituiu duas etiquetas, uma já existente – campo 260, e outra criada para a RDA, o campo 264. O Campo 260 – Publicação, Distribuição etc. (Imprenta) (R), contempla informações referentes à publicação, impressão, distribuição, edição ou produção de uma obra. Tem ativo o indicador 1 (informações sobre os publicadores), enquanto o indicador 2 é indefinido. Apresenta como principais etiquetas de subcampo: $a Lugar de publicação, distribuição, etc. (R) $b Nome do editor, distribuidor etc. (R) $c Data de publicação, distribuição etc. (R) $e Lugar de manufatura/fabricação. (R) $f Nome do fabricante/manufatureiro (R) $g Data de manufatura/fabricação (R) $3 Materiais especificados (NR) O campo 264 – Produção, publicação, distribuição, manufatura, e informação de copyright (R), contempla informações relativas às categorias de publicadores. As informações cadastradas são semelhantes às do campo 260. O campo é útil para distinguir as funções. Difere do campo 260 nos procedimentos e estrutura. O indicador 1 (ativo) apresenta informações sobre publicadores ou sua inexistência, a saber: # = não aplicável, não há informações, disponível publicador mais antigo. O indicador 2 (ativo) indica as funções do item codificado, com as seguintes opções: 0 = produção; 1 = publicação; 2 = distribuição; 3 = manufatura; 4 = data de informação deCopyright. Apresenta como principais etiquetas de subcampo: $a Lugar de produção, publicação, distribuição, manufatura/fabricação (R) $b Nome do produtor, editor, distribuidor, manufatureiro/fabricante (R) $c Data de produção, publicação, distribuição, manufatura/fabricação, ou informação de copyright (R) $3 Materiais especificados (NR) O documento MARC discussion paper no. 2011-DP01 fornece informações sobre a criação da etiqueta 264, que visa acomodar as instruções da RDA para produção, publicação, distribuição e manufatura. O documento sinaliza o entendimento de escolha da etiqueta, marcada por 3 opções. Os membros do Comitê Consultivo MARC sentiram a necessidade de manter o campo 260 pertencente ao AACR2. Ocorreu a sugestão de adicionar um campo especifico para data de copyright no bloco de campos 26X. A proposta a ser apresentada em outra reunião visou refletir o relacionamento entre a codificação de outros campos de data (008/06 e 046) e quaisquer novos elementos de dados. Em relação as opções mencionadas acima, as mesmas se referem a: § Opção 1 – Adicionar um segundo campo indicador para o campo 260 (atualmente é indefinido) para especificar determinada informação. O segundo indicador foi definido como entrada secundária/relacionamento de publicador com 2 valores: 0 (editor, distribuidor, etc. desde que não fosse o mesmo que organização publicadora na entrada secundária); e 1 (editor, distribuidor, etc., se for o mesmo que a organização publicadora na entrada secundária). Isto tornou-se obsoleto em 1990. Pesquisa no banco de dados da Biblioteca do Congresso indicou a inexistência de registros que usam este indicador. Observaram que o primeiro indicador, no campo 260, também poderia ser previamente definido (como a presença do editor na impressão), mas fora redefinido, em 2001, como sequência de informações de publicadores. Na proposta, o segundo indicador poderia ser redefinido como se segue: 260 - Publication, Distribution, etc. (Imprint) (R) Indicators Second - Function of statement # - Not specified 0 - Production 1 - Publication 2 - Distribution 3 - Manufacture § Opção 2 – Adicionar subcampos separados para cada função. Visa definir subcampos separados, no campo 260, para: lugar, nome e data de produção, publicação e distribuição. Não seria desejável redefinir os subcampos $a, $b, e $c para apenas um tipo de indicação (provavelmente publicação é o uso mais comum), desde que os registros existentes fossem misturados às funções de publicação, distribuição e produção, nesses subcampos. Novos subcampos poderiam ser acrescentados (havia subcampos separado para manufatura/fabricação). Os subcampos $a, $b, e $c poderiam permanecer para o caso, do catalogador não distinguir qual função estaria envolvida; isto iria servir ao propósito de acomodar dados em registros existentes. Os subcampos seguintes poderiam ser definidos para especificar os elementos separados na RDA: 260 - Publication, Distribution, etc. (Imprint) (R) Indicators First - Sequence of publishing statements # - Not applicable/No information provided/Earliest available publisher 2 - Intervening publisher 3 - Current/latest publisher Second - Undefined # - Undefined, contains a blank Subfield Codes $a - Place of publication, distribution, etc. (R) $b - Name of publisher, distributor, etc. (R) $c - Date of publication, distribution, etc. (R) $e - Place of manufacture (R) $f - Name of manufacturer (R) NAME CHANGE $g - Date of manufacture (R) $h - Place of production (R) NEW $i - Name of producer (R) NEW $j - Date of production (R) NEW $k - Place of publication (R) NEW $l - Name of publisher (R) NEW $m - Date of publication (R) NEW $n - Place of distribution (R) NEW $o - Name of distributor (R) NEW $p - Date of distribution (R) NEW $3 - Materials specified (NR) $6 - Linkage (NR) $8 - Field link and sequence number (R) § Opção 3 – Definir novos campos. O catalogador continuaria a utilizar o campo 260 para o caso de as funções não poderem ser distinguidas ou haver um ancestral paterno dos registros de dados existentes. Os campos 264, 266, 267 e 268 seriam definidos para a produção, publicação, distribuição, e a manufatura, respectivamente. (Observou-se que os campos 261, 262 e 265 anteriormente foram definidos, estando agora obsoletos; o campo 263 é definido como Data Estimada de Publicação para materiais no prelo ou não editados). Assim, seriam acrescentados os seguintes campos: 264 Production statement; 266 Publication statement; 267 Distribution statement; 268 Manufacture statement. Cada campo usaria o primeiro indicador, tal como definido no campo 260 para publicador corrente/ último publicador e publicador interveniente, na indicação da produção/publicação/distribuição/ manufatura (entretanto, isto poderia não ser aplicável na indicação da produção). Os campos seriam definidos da seguinte forma: Indicators First - Sequence of publishing statements # - Not applicable/No information provided/Earliest available publisher 2 - Intervening publisher 3 - Current/latest publisher Second - Undefined # - Undefined, contains a blank Subfield Codes $a - Place of production, publication, distribution, manufacture (R) $b - Name of producer, publisher, distributor, manufacturer (R) $c - Date of production, publication, distribution, manufacture (R) $3 - Materials specified (NR) $6 - Linkage (NR) $8 - Field link and sequence number (R) O Comitê observou que a indicação "produção" aplica-se apenas aos recursos não publicados; as outras três categorias seriam aplicadas apenas aos recursos publicados. No que se refere a data, o documento MARC expressa o item: Informação da Data de Copyright, no qual a RDA contém um elemento separado para a data de copyright definida como: "uma data associada com a finalidade de proteção sob o copyright ou a um regime similar. As datas de copyright incluem datas de fonogramas (por exemplo, datas associadas com finalidade de proteção para gravações de som)". Ao discutir a questão, anteriormente, no Discussion Paper no. 2008-DP05/4, o Comitê Consultivo do MARC relembrou que a data de copyright em um campo codificado, fora definido para o campo 542 (Informações Relativas ao Status de Copyright), subcampo $g (data de copyright). No entanto, uma outra discussão sugeriu que o campo 260 seria o lugar apropriado para codificar a informação da data de copyright. O campo 542 (Informações Relativas ao Status de Copyright) não poderia ser aplicado por todas as instituições, porque este elemento RDA não está necessariamente relacionado a um item avaliado como estando legalmente protegido pelo copyright. Nas discussões, recomendou-se que o copyright e simbolos de fonograma servissem de bandeira para a informação da data. Experimentações indicaram que um lugar discreto para esta informação seria desejável. Assim, um novo campo poderia ser definido para a data de copyright. Entretanto, como alternativa, um novo subcampo poderia ser definido, dependendo de qual opção fosse escolhida para o registro da indicação de produção, publicação, distribuição e manufatura. Se a opção de usar campos separados fosse selecionada, então um novo subcampo teria que ser incluído com uma das funções determinadas. Além disso, poderia haver problemas com as várias datas de copyright. Consequentemente, pode ser mais claro definir um novo campo para o copyright. O novo campo poderia ser definido como segue: 2XX - Date of Copyright Notice Subfield Codes $a - Date of copyright notice (NR) $3 - Materials specified (NR) $6 - Linkage (NR) $8 - Field link and sequence number (R) O MARC discussion paper no. 2011-DP01 gerou questionamentos do tipo: § Qual a melhor opção para esses dados? § Qual o impacto que cada opção teria sobre os dados existentes? § Qual abordagem seria a de melhor utilização? Seria a de separar os campos ao invés de criar subcampos separados com identificação mais fácil? Seria usar o campo 260 com o segundo indicador com uso definido? § Seria melhor definir um novo campo de data de copyright, ao invés de usar um subcampo com opção específica? Sabemos, agora, que a decisão foi criar o campo 264 para a RDA, com dois indicadores de subcampo, sendo o indicador 2, com valor 4 para data de copyright, e os subcampos específicos, incluídos o subcampo $c para indicação de datas, inclusive a data de copyright. O documento do PCC (Program for Cooperative Cataloging), de 2012, apresentou diretrizes sobre a coexistência dos campos 260 e 264 em relação aos registros descritos sob padrão RDA. Basicamente as orientações se referem ao uso do campo 264 para todos os registros RDA (novos) ou recém-autenticados (antes da oficialização da Norma). Deve-se utilizar o campo 264 com o apropriado indicador (indicação de sequência de informação) para mostrar as mudanças dos elementos de produção, publicação, distribuição e manufatura nos registros RDA, bem como, para monografias em varias partes, seriados e os recursos integrados. O registro RDA de monografia em várias partes, seriados ou recurso integrado, em campo 260, pode ser migrado para um campo 264 ou acrescido para o mesmo, a critério do catalogador, presumindo que ele tenha informações suficientes para selecionar o valor apropriado para o segundo indicador. Nos registros pré-RDA para monografias em várias partes, seriados, e recursos integrados, é preferível não mudar de campo (260 para 264). É permitido atualizar os registros pré-RDA com as mudanças nos elementos de produção, publicação, distribuição e manufatura acrescentando tanto o campo 260, quanto o campo 264 (decisão a critério do catalogador). Ao repetir a etiqueta do campo 264, basear no valor do primeiro indicador, seguir as diretrizes de repetibilidade para o mesmo. Observar que o subcampo $c pode aparecer em mais de um campo 264, quando a informação da data de copyright é fornecida em acréscimo a data de produção, publicação, distribuição, manufatura/fabricação. As indicações variadas para diferentes funções serão registradas, nos casos em que o subcampo $c possa ser registrado uma vez para cada uma das funções. Por exemplo, o subcampo $c pode aparecer em só um campo 264, com o segundo indicador de valor 0, e em apenas um campo 264 com o segundo indicador de valor 1, etc. Por outro lado, para seriados e monografias em várias partes, o subcampo $c deve aparecer no campo 264 com o primeiro indicador # (Não aplicável/Sem informação/disponível para publicador mais antigo); e/ou segundo indicador de valor 4 (data de copyright). Ela pode estar ausente se a descrição não se basear na primeira ou na mais antiga edição ou parte. Para os recursos integrados, o subcampo $c deve aparecer no campo 264 com primeiro indicador de valor 3 (publicador corrente/último publicador); e/ou o segundo indicador 4 (data de copyright). O subcampo $3 (materiais especificados): fornece informações para diferenciar multíplos campos 264; deve-se usar colchetes se o início especificado e/ou as informações de encerramento não forem conhecidos (ver as instruções 1.7.1 LCPS – Library of Congress Policy Statements, para pontuação PCC e convenções de espaçamento no uso do subcampo $3, no campo 264 e outros campos MARC. Ressalte-se que a Library of Congress criou o LCPS, para facilitar a interpretação e aplicação de suas regras catalográficas, baseadas na RDA). Na aplicação para monografias em várias partes: a numeração de volume (encontrado ou atribuído se faz em conjunto); opcionalmente, adicionar a indicação da data de produção, publicação, distribuição, manufatura e a data de copyright, se forem úteis para esclarecer informações sobre os volumes publicados fora da sequência. Na aplicação de seriados: conforme indicações cronológicas. E na aplicação para recursos integrados: a numeração atribuída para alterações se presente; caso contrário, usar a data de publicação. A exceção, no processo, é para a monografia em várias partes e os seriados. Nestes casos o subcampo $3 pode ser omitido no campo 264, com o primeiro indicador de valor #, se a compreensão sobre a informação é clara, a partir de outro campo 264, e de outros dados contidos no registro bibliográfico. A ordem do campo 264 visa fornecer a indicação para cada função encontrada na entidade registrada (o valor do segundo indicador) em conjunto e na ordem cronológica, da mais recente para a mais antiga (ordenadas pelo valor do primeiro indicador). O registro da data de copyright é o último valor. A pontuação final aplicada, exceto para a data de copyright, no campo 264 segue as mesmas práticas de pontuação usadas no campo 260. O campo 264 para a data de copyright não tem pontuação final. A utilização do campo 500 – Nota Geral, no lugar do campo 264 deve ser feito para registrar informações sobre mudanças não fornecidas pelo campo 264. Por exemplo: O local de publicação varia. Exemplos aplicados das instruções PCC se referem para: · Fotografia não publicadas: 245 10 $a Christmas star at Castlerock, Colo. 264 #0 $a [Denver, Colorado?] : $b [Produtor não identificado], $c[1940?] 300 $a 1 fotografia ; $c 6 x 9 cm · Exemplo de seriado, a descrição não é baseada no primeiro exemplar; a data de publicação não é determinada, o distribuidor é fornecido: 264 #1 $a [Reston, Va.?] : $b U.S. Department of the Interior, Geological Survey 264 #2 $a Washington, D.C. : $b Superintendent of Documents, U.S. Government Printing Office · Exemplo de Seriado, a descrição não é baseada na primeira edição, a última edição em mãos é de 2005: 264 #1 $3 <1976->: $a New York, NY : $b Alan R. Liss, Inc. 264 31 $3 <2005->: $a Hoboken, N. J. : $b Wiley-Liss, Inc. · Uma data de publicação e uma data de copyright: · 264 #1 $a Mainz ; $a London ; $a Berlin ; $a Madrid ; $a New York ; $aParis ; $a Prague ; $a Tokyo ; $a Toronto : $b Schott, $c [2011] 264 #4 $c ©2011 · Exemplo de monografia, com diferentes funções registradas, incluindo data de copyright: 264 #1 $a Syracuse, New York : $b [Publisher not identified], $c 2010. 264 #2 $a [Place of distribution not identified] : $b Adirondack Distributors,$c 2012. 264 #4 $c ©2009 · Observa-se que a RDA não permite o registro da data de copyright sozinho, sem registrar uma data de publicação: 264 #1 $a Eugene, Oregon : $b Pickwick Publications, $c [date of publication not identified] 264 #4 $c ©2014 · Trancrição de numeros romanos para a data de publicação; não converter para algarismo arábico. Se o ano aparece apenas em algarismos romanos, acrescentar o ano em algarismos arábicos, entre colchetes. Na fonte: MMXVI. 264 #1 ..., $c MMXVI [2016] Na comunidade bibliotecária comenta-se que a própria definição do MARC apenas segue a prática de catalogação, que é o de registrar a data de copyright, como um padrão para a data de publicação, quando a mesma não é conhecida pelo catalogador. Este é o caso de haver procedimentos adotados sob o AACR2, e que foram transferidos para a RDA (2.11 – data de copyright). A data de copyright não é registrada pelo seu aspecto legal, mas como uma pequena evidência para responder à pergunta: Quando foi publicado? Assim, é provável que os responsáveis pela definição dos campos MARC não entenderam ser necessário permitir o registro do copyright em campos fixos, porque a prática catalográfica adotada (como agora) nunca iria exigir. Por exemplo, se um livro foi protegido pelo copyright em 1930, mas a data de publicação informa com clareza o ano de 1982, não há nenhuma exigência para que o catalogador registre a data de copyright, pois a data de publicação é inequívoca (e também nada o está proibindo de registrar). A dúvida é se os catalogadores devem assumir interesse maior nos metadados relativos aos direitos autoriais, ao invés de só registrar, no padrão: cData. Especialmente, se necessitar desta informação com detalhes completos. O campo MARC 542, como mencionado, é definido, mas raramente usado. A impressão é que a prática atual da catalogação reflete uma situação de um passado longínguo, no qual os direitos autorias eram relativamente simples (autores e editores tinham direito definido na venda). Atualmente, a coisa escapa ao controle, apesar da legislação, bem como, o próprio direito da biblioteca em emprestar um livro inumeras vezes. Vivemos um momento em que os direitos autoriais e comerciais estão em evidência, e as bibliotecas não "possuem" direitos sobre todos os seus itens no acervo, um número crescente simplesmente passou a ser licenciado, para uso sob contrato variado. Portanto, a questão dos direitos surge mais frequentemente. E a descrição da imprenta ganha outros impactos. A RDA trás uma nova maneira de descrever a imprenta, mas o que poderia parecer óbvio na descrição, ganha outros enfoques de tratamento e abordagem, embora não seja um problema só da norma descritiva, mas também do formato bibliográfico MARC. Aliás, com relação à codificação em MARC para copyright, convém observar que a opção de registrar essa data no campo fixo 008 é "data de publicação e data de copyright" (com a definição de valor = t). A data de publicação, de acordo com esta diretriz, é registrada no campo fixo 008, posição 07-10 (o primeiro campo de data), e a data de copyright é registrada no campo 008, posição 11-14 (o segundo campo de data). A data de copyright não é uma dada semelhante a alguma coisa registrável usando o valor "s" (data conhecida ou provável). A opinião sobre isto é que o procedimento parece um tanto arbitrário. Não há qualquer razão para se registrar a data de copyright sozinho, sem uma data de publicação. Parece que isso não é a maneira como os regulamentos MARC são criados. Neste sentido, deve-se considerar as mudanças descritivas, sua codificação e as mudanças na publicação à medida que avançamos para um ambiente digital. Para constar, a Biblioteca da PUC/RS informou a migração em definitivo do seu catálogo para o padrão RDA. A ela se associa a FUNDACENTRO, São Paulo, que também implanta a adoção da RDA. Registros novos na catalogação brasileira.

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