quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Capixabas fazem frente à reportagem que aposta na extinção do bibliotecário

Capixabas fazem frente à reportagem que aposta na extinção do bibliotecário


A história tem mostrado o quanto o profissional bibliotecário tem se adaptado frente às mudanças do mercado de trabalho. Entretanto, o jornal A Tribuna, um dos mais influentes do Espírito Santo, publicou recentemente uma matéria que aposta na possível extinção da profissão. O informativo lista o profissional da Biblioteconomia como uma das oito profissões ameaçadas pelo avanço da tecnologia e dos processos de automação. Assinada por Joyce Meriguetti, a reportagem foi publicada no último dia 1 de fevereiro.
Segundo a apuração, o bibliotecário estaria ameaçado por conta de “o processo de catalogar as informações ser cada vez mais automatizado e feito com a ajuda de programas de computadores inteligentes”. Por outro lado, o informativo ressalta a questão da atualização profissional. “É importante que o profissional acompanhe a evolução do mercado. As inovações não param”, afirmou o consultor de carreiras Elias Gomes à reportagem.
O delegado do Conselho Regional de Biblioteconomia 6ª Região (CRB-6) no Espírito Santo, Eduardo Valadares (CRB-6 ES/615), e Dulcinea Rosemberg, professora do Departamento de Ciência da Informação da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), saíram em defesa da classe profissional frente à reportagem.
“Creio que o posicionamento do jornal A Tribuna, que tratou da suposta extinção de algumas profissões, inclusive a do bibliotecário, foi equivocada quanto à consulta às fontes, visto que originalmente essa pesquisa foi publicada fora do Brasil”, aponta Valadares.
Ainda segundo Valadares, o próprio jornal já havia publicado matérias que apontavam o bibliotecário como profissional em destaque. “A professora Dulcinea possui clipping com cerca de 40 matérias publicadas pelo A Tribuna nos últimos anos, que tratam de profissões em ascensão e em todas o bibliotecário está presente como um profissional promissor”, ressalta.
“A tecnologia não é uma ameaça, mas uma oportunidade, por que a informação precisa ser tratada e aí entra o profissional da Biblioteconomia, que vai geri-la”, ressaltou Dulcinea Rosemberg em reportagem anterior no mesmo jornal. E para gerir esse processo informativo, a professora acredita que a especialização profissional é o primeiro passo.

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